Noite de sábado, 6 Outubro: Fui com a Fátima Castro alimentar a "minha" colónia (tema para mais um post, que não tenho tempo para colocar ) . É uma fábrica abandonada, onde eu os alimento num muro e na qual para se ter acesso ao pátio, já muitas vezes tivemos de subir portões e fazer montanhismo.
Mal me aproximo do muro começo a ouvir um miar desesperado, de gatinho bébé, lá em baixo. Escusado será dizer que lá fomos as duas, munidas de lanterna pindérica, pois nem o candeeiro da rua estava a funcionar. O som parou, vasculhamos as ervas, os buracos e nada :-( De repente a Fátima dá com o bichano no meio do chão de cimento. Um gatinho perfeitamente simbólico, que se aninhou logo ao colo.
Eu sabia qual era a mãe (1 de duas que eu ainda não tinha esterelizado e que tinha visto de maminhas ao dependuro). Pois a mãe...estava regalada a comer no muro e nem para ele olhava. Durante 30 minutos fizemos de tudo para ver se a mãe o vinha buscar, mas mesmo com ele ao pé do nariz dela, a gata nem para ele olhava.
Lá veio pra minha casa, juntar-se aos 4 penduras bufões que já cá tinha e recomeçou a minha saga (acho que este ano não chegou a parar) dos biberons. É um machito preto e branco (como 80% dos gatos da colónia), peludo (nenhum dos adultos de lá o é) e com olhar muito espantado para o mundo. Tinha cerca de 3 semanas.
Andei 1 semana de coração apertadinho, pois muitas vezes, as gatas mães abandonam as crias que têm problemas.



Já passaram 2 semanas. O Vickie é um gatito todo despachado e com um ar girissimo, com focinho achatado, cabeça grande Tem agora 5 semanas, já vai à areia, já brinca...só ainda gosta de biberon.



PS- No dia seguinte fui para lá de dia ver se haveriam mais irmãos, mas não. A mãe do Vickie foi logo nesse dia para esterelizar. Já estava a entrar em cio :-( Não se percebe...com crias de menos de 1 mês e já em cio. Isto anda tudo baralhado